( Elisa)
- Oh mãe vou ter tantas saudades tuas! – depois de ter decidido seguir em frente lá fui com a Liliana despedir-me das nossas famílias.
- Filha claro que eu também vou aproveita o tempo que vais lá estar para aprender o que tens para aprender, não são todas as pessoas que têm a sorte que tu tens.
- Eu sei vou aproveitar muito bem – já me estavam a vir as lágrimas aos olhos e virei-me para o meu pai – também vou ter saudades tuas pai!
- Só espero que te portes bem! E… - interrompi-o.
- Ó pai vá lá eu já sei isso tudo.
- Vá tu sabes que a nossa filha é responsável Marco!
- Pronto chega, Francisco também vou ter saudades tuas seu reguila – abracei-o com muito carinho ele podia ser chato mas eu adorava-o.
- Mana pára! Estas a sufocar-me fogo! – Reclamou ele contorcendo-se todo no meio dos meus braços.
- Pronto, pronto já parei! – disse eu levantando os meus braços em sinal de rendição.
- Obrigado. Também vou ter saudades tuas mana. Achas que posso comer no teu lugar da mesa quando não estas cá? – para ele o meu lugar na mesa é um lugar muito privilegiado quando era um lugar como os outros mas na ingenuidade dele era um lugar mesmo muito privilegiado.
- Quer dizer… Aproveitas-te de eu sair para ires para o meu lugar… - disse de uma maneira chateada na brincadeira e quando ele era para pedir desculpa eu retorqui – Claro que podes seu maluquinho! Adoro-te meu amor…
- Vá chega de lamechices – era melhor acabar porque já estava a chorar.
- Olha filha as tuas malas já estão aqui, a Liliana?
- Foi despedir-se dos seus pais, vou lá despedir-me deles e perguntar-lhe se demora muito para irmos, já venho!
***
- Vá vamos lá Liliana o Táxi está á nossa espera! – ela nunca mais se despachava com a quantidade de malas para levar – Fogo, são assim tão precisas tantas malas? Dá cá que eu ajudo-te a levar.
- Mulher prevenida vale por duas! E não são assim tantas…
- Não… Claro que não são! Pensas que não há lojas em Lisboa? Vá vamos lá.
- Oh claro que sei que há, mas…
- Mas nada, lol só tu rapariga… - e começamo-nos as duas a rir nos somos o contrario uma da outra eu levava o essencial ele levava tudo exagerado mas somos as melhores amigas.
(Liliana)
Depois de termos falado sobre as inseguranças dela lá fomos despedirmo-nos das nossas famílias eu da minha e ela da dela, até que ela foi-me chamar e tivemos mais umas das nossas conversas de ideias diferentes mas no final acabamos as duas a rir.
- Até que em fim que chegaram o táxi já está farto de esperar! – exclamou a mãe de Elisa, Maria José, mas como sempre Elisa retorquiu:
- Ó mãe o que queres? A Liliana trás malas para um batalhão de gente!
- Ia exagerada!
- Eu? Tu é que lev…
- Meninas acabou, estão á vossa espera. – Lá interrompeu a mãe de Eliana - Vá dêem cá um beijo e um abraço!
Depois do abraço e beijo a todos e de pormos as malas no táxi lá entramos em rumo para Lisboa, dissemos adeus pela janela até já não os conseguirmos avistar mais e comecei a sentir a Eliana nervosa.
- Que se passa linda?
- Nada...
- Anda lá eu sei que se passa alguma coisa…
- Oh estou um pouco nervosa, o que será que vai acontecer a partir de agora? Estou preocupada como será daqui para a frente.
- Obrigada por tudo amiga eu também vou estar sempre aqui para ti meu amor. – ela olhou para as nossas mãos sorriu e olhou para a frente como se a decidir seguir em frente e continuamos o resto da viagem de mão dada a conversar sobre os mais diversos assuntos.